terça-feira, 12 de maio de 2009

Cro-Magnon

Eu sou um cro-magnon contemporâneo,
Não sei o que fazer com o progresso.
E fico a olhar para dentro do meu crânio
Sem perceber se parto ou se regresso.

Já não sei onde estão minhas raízes.
Procuro, escavo, furo... tudo em vão.
Outrora... os Homens foram mais felizes.
Agora o Mundo é noite e escuridão.

O medo é o horizonte permanente
De quem anda perdido, a procurar
A mágica poção que, de repente,
Transforme a Terra num outro lugar.

Eu sou um cro-magnon dos nossos dias.
O choque entre o mito e a razão.
E re-invento as minhas alegrias
Ao som da valsa do meu coração.

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