sexta-feira, 27 de março de 2009

Z day 2009

Finalmente está disponível na net a primeira parte do fantástico evento.

O início é simplesmente fenomenal. Ao som de "Imagine" de John Lennon as imagens sucedem-se em consonância com a letra "Imagine there's no countries, it's easy if you try" e surge a bandeira defraldada sem símbologia de poder, credo ou religião, simplesmente o mapa-mundo. Simplesmente poderoso! "I hope some day you'll join us and the world will be as one". E está tudo dito! Ou quase...

"Na essência, para mim, todas as maravilhas da ciência e da tecnologia, da electrónica e da mecânica são simplesmente milhões de toneladas de sucata, a não ser que melhore a vida dos seres humanos. O motivo porque enfatizamos as máquinas e a tecnologia é para libertar a humanidade para que encontre o significado da sua existência.
Temos de abandonar esta limitação do "eu fiz isto, eu fiz aquilo" e o egocentrimo que domina a sociedade actual. Deve ser um privilégio servir os membros da sociedade. Não que queiramos recompensas ou medalhas ou honras pelo que fazemos porque é simplesmente honroso fazê-lo!
Os americanos foram socialmente condicionados para comprar um carro novo no ano seguinte, comprar uma televisão nova ou um gravador. Somos extremamente radicalistas(...) mas as nossas instituições sociais e políticas não mudaram e é aqui que estagnámos porque colamos quaiquer novas ideias com o comunismo ou uma arregimentação porque fomos educados a temer o que é novo!
Temos de reorganizar a nossa forma de pensar e reconsiderar os nossos objectivos sociais. A estrutura monetária e a sociedade orientada para o materialismo é uma sociedade falsa. Que tipo de competição existe no nosso corpo? Suponham que o vosso cérebro afirma que é o órgão mais importante, e o fígado diz -Eu é que sou e quero adoptar um sistema neoliberal. Apodreceríam num mês se cada órgão do vosso corpo funcionasse por si só (...)O sistema bancário está deveras corrompido, as instituições de crédito esgotaram o sistema mas não há ninguém a expor o que está errado nisto! Portanto parece-vos bem. Eu não temo ninguém, não trabalho para ninguém mas receio viver na sociedade em que vivemos hoje. A nossa sociedade não pode ser mantida por este tipo de incompetência. Foi óptimo o neoliberalismo há cerca de 35 anos. Essa foi a sua última utilidade. Temos a inteligência, o conhecimento, a tecnologia e a exequibilidade para construir uma civilização completamente nova."

A primeira parte consiste basicamente numa apresentação, consistente com o documentário Addendum, descrevendo objectivamente a fraude do Neoliberalismo e do sistema monetário, passando para a descrição das consequências directas no comportamento humano e subsequentes repercussões na sociedade de hoje.

Finalmente a apresentação do essêncial do Projecto Venus.Uma sociedade emergente em constante evolução, livre de corrupção porque livre de escassez e de conceitos monetários. Uma sociedade fundamentada nos recursos da Terra e na interdependência de todos os seres vivos em harmonia com o meio ambiente.

"Se tudo é impermanente, então tudo é o que chamamos de vacuidade, que significa a ausência de qualquer existência duradoura, estável e inerente. E todas as coisas -- quando vistas e compreendidas em sua relação verdadeira -- não são independentes, mas interdependentes com todas as outras coisas. O Buda comparou o universo a uma vasta rede feita de uma variedade infinita de jóias brilhantes, cada uma com um número incontável de faces. Cada jóia reflete em si todas as outras jóias da rede e é, na verdade, una com qualquer outra jóia. Pense em uma onda no mar. Vista de certo ângulo, ela parece ter uma identidade distinta: um fim e um começo, um nascimento e uma morte. Vista de outro ângulo, a onda por si só não existe, mas é apenas o comportamento da água, vazia de qualquer identidade separada, mas cheia de água. Então quando você realmente pensa na onda, acaba entendendo que ela é algo temporariamente possível devido ao vento e a água, e também depende de um conjunto de circunstâncias, constantemente em mudança. Você também compreende que cada onda está relacionada a todas as outras ondas."

Sogyal Rinpoche, em "O Livro Tibetano da Vida e da Morte"

Nunca devemos esquecer que não estamos a descobrir nada de novo. Há cerca de 2500 anos que o Budismo vem a afirmar isto. Tudo é Karma, causa e efeito. O que está a acontecer com a humanidade hoje é efeito da sua evolução e causa do que está para vir. E o que está para vir é simplesmente belo e humano. É o início da verdadeira evolução. Até agora temos sido primatas sem pelo. Só espero que não nos auto-destruamos antes de chegada a hora.

Pelo que tenho observado na net o movimento está a crescer de forma exponêncial. As pequenas células começam a unir-se para dar corpo a esta ideia. Isso preenche-me e dá-me esperança.
Estejam sempre atentos!

Vejam aqui:

http://video.google.com/videoplay?docid=3768523520506902198

terça-feira, 24 de março de 2009

Respiraçao da terra

Televisão ou Grande Irmão?

Caros amigos!
Muito se tem dito sobre esse fenómeno tecnológico e social chamado Televisão. Aqui estou eu para lançar mais algumas achas na fogueira. Burn, baby, burn!
É verdade! Desde que começou a dar os seus primeiros passinhos na década de 20, do século passado, claro, este fenómeno modificou definitivamente as nossas vidas influenciando-as diariamente, com frequência (eufemismo) de forma subliminar. Vejamos. Lembram-se da excelente obra de George Orwell, 1984? Pois é. Foi escrita em 1949. Por esta altura, dados os grandes avanços tecnológicos do pós-guerra mundial, a "caixinha de pandora" começava a invadir os lares das famílias europeias e americanas. O Grande Irmão começou a sua invasão entrando-nos pela casa dentro e monopolizando cada vez maiores fatias do nosso tempo. Cedo se percebeu que este instrumento levava o que se quizesse directamente para o seio das famílias. Não era preciso atraí-las a qualquer outro local para lhes lavar o cérebro. Os primeiros a tirar proveito deste fenómeno foram as agências publicitárias. Em troca de um financiamento à rede de emissão podíam promover os seus produtos directamente no seio das famílias! Ideia fantástica. O truque: criar nelas a necessidade de comprar algo através da indução da ideia que seriam mais felizes se o fizessem ou seriam melhores que o vizinho se tivessem algo (competição/corrupção)que lhes (aos promotores) interessasse vender! Não demorou muito tempo até os políticos governantes perceberem que estas técnicas de manipulação de massas eram um instrumento poderoso de campanha. Através daquela caixa podiam levar as pessoas a acreditar no que quer que fosse. Bastaria mostrá-lo na televisão! O maior embuste perpetrado até hoje, segundo acreditam algumas mentes mais perversas, foi a ida do homem à Lua. Passo a explicar:
Como é do conhecimento comum, na década de 60 a Guerra Fria estava no auge e, com ela, a corrida aos avanços tecnológicos. Os programas espaciais americano e soviético recebiam fundos astronómicos (termo adequado) para ficar na frente e chegar lá primeiro. Para mal dos pecados dos norte-americanos, ainda os seus foguetes explodiam antes de atingir órbita, os russos levaram Yuri Gagarin à órbita da Terra em 12 de Abril de 1961, constituindo este feito uma grande obra de demonstração da hegemonia soviética face aos americanos. J.F.Kennedy, presidente em 1969, não podia deixar passar isto em branco: a "Corporocracia" não lhe permitiria que o fizesse, pois a prioridade era fazer recuar a ameaça soviética. Os interesses corporativos americanos ficaríam altamente prejudicados na hipótese de uma supremacia comunista. Por esta altura a máquina de propaganda americana já fazia crer às famílias, via televisão, que os comunistas eram seres inumanos que nem conheciam o conceito de família. Esta campanha já vinha desde pelo menos da década de 20. Em 29 de Dezembro de 1921, o New York Times publica a seguinte notícia (que podem ver em: http://query.nytimes.com/mem/archive-free/pdf?_r=1&res=9402E1D6113EEE3ABC4151DFB467838A639EDE ): "SOVIET É INFORMADO QUE ESFOMEADOS COMEM MORTOS Crianças deixadas nas estepes para morrer e outras mortas pelas suas mães,..." o comunismo era um flagelo a travar a todo o custo!
Esta foi, certamente, a origem do mito de que os comunistas comiam as suas criancinhas! A máquina de propaganda americana é poderosa e devastadora não olhando a meios para justificar os fins. Quando se publicam afirmações destas em 1929 o que não se faz para fazer as pessoas acreditar que o esforço contributivo das famílias americanas para a guerra ao comunismo deve ser incentivado? Assim foi criada a encenação da missão Apollo 11 na qual Neil Armstrong é o primeiro homem (americano) a pisar a superfície da Lua. Desta forma confirmava-se a supremacia da "democracia" no mundo ...(deu-me vontade de rir, desculpem).Bom, mas quem sou eu para afirmar uma coisa destas? Afinal Saddam Hussein tinha ou não armamento de destruição massissa? Todos vimos na TELEVISÃO as provas que a CIA mostrou ao mundo da sua existência! Estou tão confuso...!
Enfim. O que vos quero dizer é que nada disto é criação de hoje. Toda esta manipulação de mentes já vem sendo feita há pelo menos um século e assumiu proporções gigantescas. A realidade já não é a que percepcionamos. A realidade é algo que se passa nos bastidores à qual só alguns têm acesso. Tudo o resto é pura ilusão.

Um senhor que admiro muito, dedicou a sua vida e parte da sua obra a colocar a nú as políticas governamentais e corporativas internas e externas americanas: Frank Zappa. E, por esse facto, viu a sua vida devassada com alguma frequência (eufemismo!). Ele é um exemplo para o qual todos nós devemos olhar com respeito e admiração, quer gostemos da sua música ou não. Apesar dessa luta sem tréguas contra o "establishment" conseguiu dar a volta por cima e tornou-se uma referência para milhões. Duvidam? Vão ao Google e digitem na busca: Frank Zappa, ou simplesmente Zappa, e surpreendam-se. Deixo-vos com a letra de uma canção que compôs em 1973 e incluiu no album do mesmo ano "Over nite Sensation". E mais não digo, ele fá-lo-á melhor que eu...
I'm The Slime
by Frank Zappa
I am gross and perverted
I'm obsessed 'n deranged
I have existed for years
But very little had changed
I am the tool of the Government
And industry too
For I am destined to rule
And regulate you

I may be vile and pernicious
But you can't look away
I make you think I'm delicious
With the stuff that I say
I am the best you can get
Have you guessed me yet?
I am the slime oozin' out
From your TV set

You will obey me while I lead you
And eat the garbage that I feed you
Until the day that we don't need you
Don't got for help...no one will heed you
Your mind is totally controlled
It has been stuffed into my mold
And you will do as you are told
Until the rights to you are sold

That's right, folks..
Don't touch that dial

Well, I am the slime from your video
Oozin' along on your livin'room floor

I am the slime from your video
Can't stop the slime, people, lookit me go

Estejam sempre atentos!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Z day e o Projecto Venus

Caros amigos:
Abaixo podem ver a segunda parte do evento príncipal protagonizado pelo próprio Jaque Fresco e Roxanne Meadows. É preciso limpar a mente de todo o lixo político que fomos obrigados a engolir para ter uma chance de compreender o verdadeiro conceito de uma sociedade baseada nos recursos. O conceito é lindo e, a sua melhor valência, nada utópico. Difícil de interiorizar, talvez, mas ultrapassada essa inconveniência, as possibilidades são imensas e infinitas. As limitações do sistema proposto são as da mente humana e esta é emergente e em constante evolução. Vejam a filmagem. A primeira parte virá em breve.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Futuro

Jacque Fresco é um futurista, designer e engenheiro social, considerado por muitos o novo Da Vinci. Ele tem hoje 93 anos e continua a projectar a nova civilização, apresenta uma nova forma de sociedade e um redesenho total da nossa cultura.

É um visionário, um filósofo da arquitectura, em busca de uma nova direcção para a humanidade. Cientista social e humano, procura integrar a ciência e a tecnologia com o meio ambiente.

Future by Design é um documentário sobre o projecto Vénus, que visa dirigir a nossa tecnologia e recursos na direcção correcta!

Há quem diga que é uma utopia, mas já dizia Eduardo Galeano: “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar”

Vamos lutar por um futuro promissor!

http://www.youtube.com/watch?v=g3cBXHLgC7s&feature=channel

Abraços

quinta-feira, 19 de março de 2009

Um pequeno filme premiado em Cannes. Mostra a força das PALAVRAS!
Há que as usar com SABEDORIA.

http://www.youtube.com/watch?v=zyGEEamz7ZM

quarta-feira, 18 de março de 2009

Consciência

O meu contributo é um poema que escrevi há poucos anos atrás.


Fico assustado, quando vejo a humanidade

Correr sem tino, sem se dar conta

Que a outra face da moeda da vaidade

É o futuro... onde a vida se defronta


Fico assustado, quando vejo à minha volta

O ódio à solta, no olhar de quem se cruza

E, não entendo essa raiva, essa revolta

De quem pretende, mas sempre se recusa


Fico assustado, com tamanha indiferença

De um mundo inteiro, que reprova, que condena

A cada passo. Que despede uma sentença

E julga os outros porque ouviu... e dita a pena


Fico assustado, com tamanho frenesim

Sem conteúdo, sem pensar, sem reflectir

Se o mundo avança, ou caminha para um fim

Que a humanidade se empenha em construir.

Rescaldo do Zeitgeist day

O New York Times online faz o rescaldo do Z day.
450 eventos em 70 paízes?! Isto é algo de fabuloso para um movimento social com 2 anos de existência e que, basicamente, só conheceu as autoestradas da internet. Tenho rogulho em ter feito parte deste acontecimento! O The New York Times noticiou o evento que, segundo parece, foi um grande acontecimento. Peter Joseph fez uma dissertação e crítica das maleitas do sistema monetário e das consequências da sua implusão que pode muito bem estar já a acontecer. É que o corrupto sistema monetário, como qualquer Deus, só vive enquanto existirem crentes. E por se tratar de um sistema no qual é preciso, além do volátil dinheiro (que ora se marterializa ora se vaporiza no ar), ter muita fé, está em colapso. O que motiva o fenómeno da "Fé"?
A (do grego: pistia e do latim: Fides) é a firme convicção de que algo seja verdade, sem nenhuma prova de que este algo seja verdade, pela absoluta confiança que depositamos neste algo ou alguém.
A "fé" relaciona-se de maneira unilateral com os verbos acreditar, confiar ou apostar, isto é, se alguem tem fé em algo, então acredita ,confia e aposta nisso, mas se uma pessoa acredita ,confia e aposta em algo, não significa, necessariamente, que tenha fé. A diferença entre eles, é que ter fé é nutrir um sentimento de afeição, ou até mesmo amor, pelo que acredita,confia e aposta.
(in Wikipédia)
Pela definição de "Fé" acima fácil é de compreender porque o sistema monetário está em crise, muito provavelmente permanente e definitiva. Ou seja, está doente, corrompendo-se de dentro para fora. Não preciso dissertar sobre os conceitos do sistema monetário, Peter Joseph fê-lo de forma impecável, por isso passo à frente para dizer que aqueles que amam o dinheiro estão corrompidos por ele pois amaram um Deus que os destruiu. E com eles os milhares de crentes que, graças à "Fé" acreditaram e apostaram o seu dinheirinho em tipos como o Bernie Madoff! E que aconteceu? Volatilizou-se! Buff, já está!
50 biliões de dólares?! Quantas crianças poderiam ser alimentadas e por quanto tempo em África, por exemplo, com este dinheiro, e educação, vacinas...? Esta era uma boa soma para começar a investir numa sociedade auto-sustentável e terminar de forma definitiva a queima de combustíveis fósseis!
Watch CBS Videos Online

Por muito que me custe reconhecer isto, a passagem de uma sociedade baseada num sistema monetário para outra baseada nos recursos não vai ser pacífica. Muita gente vai sofrer pelo caminho e devemos estar preparados para o pior. Se é que alguma vez conseguiremos preparar-nos para tal coisa. Do caos nasce a ordem e o caos está ainda no começo. O futuro modelo de sociedade há-de florescer. É inevitável. Que venha!
Assim que tenha oportunidade de ver o evento cá estarei de novo.
Até lá, reflitam, e muito!

terça-feira, 17 de março de 2009

Site renovado

www.thevenusproject.com

tem new look.

Quimeras




É claro, meus amigos! Estudem para vir a poder ser alguém e ter uma carreira. Olhem que se não estudarem não encontram emprego. E depois? Que vai ser das vossas vidas? Vão roubar para viver? Como vão poder sustentar os vossos filhos por vir? E não vão encontrar uma boa mulher se não tiverem um futuro promissor.
Este é o tipo de balelas que nos vendem quando somos novinhos e verdinhos que nem alfaces! Não é? Pois este é o tipo de lavagem cerebral que deram aos nossos avós e seus antepassados e que vem sendo passada de geração em geração. Tão conveniente que isto é! Em linha para a picadora! A lavagem é tão bem feita que levamos uma vida inteirinha a acreditar nisto! Pior. Damos aos nossos filhos a mesma açorda! Come filho. Acredita em mim. Olha para o meu exemplo!
Caramba! Já chega! É tempo de gritar e despir este manto diáfano de hipocrisia que só alimenta a máquina. É isso que fazemos toda uma vida: alimentar a toda poderosa máquina. Se o deixarmos de fazer que vai ser de nós? Qual peça obsoleta, seremos expelidos para um qualquer contentor rotulado: lixo!
Perante esta dicotomia, integrar a máquina ou não, que fazer? Essa é uma resposta que reside no nosso íntimo mais profundo, pois não é, de facto, uma decisão fácil. Mas a bem dizer, facilidades é o que nos prometem a vida toda: um emprego bom, vida fácil (!); uma casa, vida fácil (!); um bom carro, vida fácil(!); um dvd de qualidade, vida fácil(!); Um telemóvel topo de gama, vida fácil(!). Mas qual de nós já sentiu essas facilidades todas? Quando é que na realidade tivemos um bocado para realmente disfrutar de uma vida fácil depois de cumprir com estes objectivos todos? Vá, digam!... Não ouço nada! Pois...
Integrar a máquina pressupõe isso mesmo: cumprir com estes objectivos de consumismo, isto é, ter um emprego, o melhor possível (se melhor que o do vizinho, perfeito) e consumir, consumir, consumir...vida fácil, vida fácil...Uma vez, lembro-me, vi um burro a correr atrás de uma cenoura que lhe era exibida em frente dos olhos! Como acabou esta história? Ainda não acabou. Continua a correr...e a cenoura já tem bicho, está corrupta!...
Por outro lado, escolher não alimentar a máquina pressupõe auto-sacrifício, espírito de abnegação, de abandono de bens materiais e objectivos ambiciosos de vida. É preciso ter alguma coragem para o fazer. Porquê? Assim que escolhes este caminho és ostracizado, até pelos amigos e familiares: -Podia ter tido um futuro tão bom e anda por aí a lutar contra os moínhos, qual Dom Quixote! Pobre rapaz (ou rapariga)!
Esse abandono do status quo é uma tomada de decisão difícil e definitiva. Quando se escolhe essa via corre-se o risco de não poder...ooops...correcção QUERER voltar atrás. E porquê? Porque no momento da tomada da decisão tornamo-nos realmente LIVRES.
Todos os bens materiais que são disponibilizados, bem como boa parte dos conceitos ditos "morais", não têm outro objectivo que seja acorrentar-nos a uma determinada realidade. Contribuir para o funcionamento do mercado livre e da banca. É preciso criar dívida para que o dinheiro circule e encha o papo a essa meia dúzia que governa os destinos do mundo. Prometem-nos boa vida mas não passa de uma cenoura que às tantas já nem lá está. Apenas a miragem. Nunca por nunca as promessas de boa vida podem ver-se cumpridas porque aí deixas de alimentar a máquina e até podes começar a pensar noutras coisas!
Mas quando as correntes que arrastas uma vida inteira te começam a pesar e, se tens o azar de olhar para trás para ver o que realmente produziste para ti e para os teus e realizas que foi um grande ZERO, entras em depressão e nesse estado de neurose nunca mais vais encontrar uma saída. A não ser A Saída. Aí até fazes notícia de jornal: O trânsito na ponte esteve interrompido pois um fulano nos seus 40 a 50 anos suicidou-se atirando-se do tabuleiro...ou isto...ou passas o resto da vida a anti-depressivos e anseolíticos para aliviar a dor profunda que tens no mais íntimo do teu ser e que nunca consegues calar. Tens ouvido as notícias? O consumo destas substâncias tem crescido bem como o das drogas pesadas. De uma coisa podes ter a certeza: até nessa situação alimentas a máquina pois as grandes farmaceuticas e traficantes de drogas agradecem-te e muito!
E tudo isto para quê e em nome de quê? Quimeras! Puras ilusões!
Que fazer? Deixar de ser estúpido e olhar bem para lá da cenoura, para o que não querem que seja visto. Cortar as correntes e pensar...e muito. Lá dizia o autor: "Não há machado que corte a raíz ao pensamento". Olhar à volta pois nunca estamos sozinhos. Pensamos que sim porque nos auto-flagelamos, mas há sempre alguém que como nós tem outros horizontes. A prova disso é o movimento Zeitgeist. O que é proposto é a 4ªrevolução: a revolução intelectual. É a mais difícil de todas pois nela não há líderes, nem fazem falta; não há gurus, pois são limitados aos seus dogmas. É preciso dar uso ao Conhecimento adquirido pela humanidade ao longo dos últimos dez milénios e utilizá-lo em prol da vida em comunhão com o planeta e o eco-sistema. Parar de alimentar a máquina!
Acima de tudo é preciso unir os nossos esforços intelectuais e levar cada vez mais gente a reconhecer a ilusão em que tem vivido.
Perguntaram ao Dalai Lama:


"O que mais te surpreende na Humanidade?"


E ele respondeu:


"Os Homens...porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem anseosamente no futuro, esquecem-se do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer...e morrem como se nunca tivessem vivido."




segunda-feira, 16 de março de 2009

Bem, bem, bem! Devo dizer que tudo correu pior do que estava à espera. Para começar, muito amavelmente, devo dizer, me dispensaram a sala dos troféus do Clube Recreativo Charnequense. Porém, havia a premência de libertar a sala impreterívelmente às 18h00 pois iria acontecer outro evento da maior importância para a humanidade: a bola!!!!!!
Enfim, não me posso queixar. Não tinha qualquer relação com o clube até à data. Todo o evento foi organizado de forma muito improvisada pois tudo aconteceu assim mesmo. O pior, a meu ver, foi a ausência pronúnciada de toda a gente. Recebi dois contactos por e-mail que me solicitavam informações sobre que actividades iria ter o evento. Infelizmente, por condicionamentos de tempo, não houve oportunidade de consultar o mail antes do acontecimento. As minhas desculpas. -À portuguesa! - dirão. Verdade. À portuguesa. Não por vontade mas pelas condicionantes que me ultrapassaram na organização do evento. No entanto notei muitas faltas. Esperava algumas pessoas que, provavelmente, preferiram disfrutar do sol soalheiro que fez no dia 15. Também me teria sabido bem, não fosse o sentimento emergente de que esse é um prazer que não teremos oportunidade de disfrutar por muito mais tempo. É preciso fazer algo por nós e pelo planeta! A indiferença, a apatia e o medo do desconhecido mantém as pessoas na linha. Sair dela pode significar ostracismo, isolamento. O medo desses processos de rejeição leva as pessoas a olhar para o outro lado. Reconhecem que não estão bem, que o mundo está doente, a sociedade civil corrompida. Mas a alternativa apavora-as.
O fenómeno Zeitgeist (a salvaguardar a todo o custo) começou, marginalmente, na internet e esse vai ser o seu caminho nos tempos mais próximos. A internet é um meio no qual todos somos anónimos e, por isso, assumimos as nossas causas. É fácil e confortável. Não há o risco de ostracização. Podemos desempenhar o papel que quizermos. Mas não chega. Há que dar a cara pelos nossos ideais. Esse é o passo mais difícil de dar. É como o medo de saltar a primeira vez de um avião. Algo nos puxa para traz com uma força inexorável: o medo. Meus amigos: defendam os vossos ideais com todas as forças que possam. É a única coisa que, no fundo, nos fará chegar ao fim do dia e da vida com a noção de fizemos a diferença.
Está em causa a sobrevivência da espécie, o futuro dos nossos filhos. Há algo mais importante que isso? É evidente que corremos riscos. Mas, pensando bem, os riscos vêm ter conosco diariamente. O risco do desemprego não está permanente nas nossas vidas? A fome não é um risco constante? Não poder pagar a casa não é um risco? Não passam noites em branco a matar o vosso cérebrozinho com essas incertezas? E fizeram algo de errado para merecer isso? Então! Medo de fazer o quê? Vamos mas é a acordar. Os sonhos que tiveram outrora são ou vão ser os vossos pesadelos.
E façam o que foi sugerido no chat do brodcast: escrevam Zeitgeist no dinheiro!
No próximo ano, se não organizar evento, vou estar presente noutro. Mas vou lá estar. Marcar presença e levar alguém comigo.
A consciência do colectivo está há muito adormecida. Somos assaltados por incertezas constantes quanto à nossa necessidade básica de SOBREVIVÊNCIA. Este é o instinto mais primário de cada ser vido. Limita-nos e impede-nos de ver mais longe que o dia de amanhã. Impossibilita-nos de pensar seja no que for que não seja lutar contra tudo e todos para a garantir. E nesse processo esquecemo-nos completamente que nos integramos num todo, colectivo que integramos e que nos integra. Estamos todos no mesmo barco. E quando uma tormenta o afundar afogamo-nos todos, sem excepção! Mesmo aqueles que pensam ter um bom "colete salva-vidas"! Todos!
Finalmente gostaria de agradecer a todos os que marcaram presença. A vossa contribuição não caiu em saco routo! Foram lançadas as sementes do que pode vir a ser algo de grande e maravilhoso. Pena que a bola não nos tenha deixado margem para trocar ideias! Mas foi para isso que criei este blog. Malta, despejem tudo para aqui. Daqui a mensagem fluirá, infalivelmente!

quinta-feira, 12 de março de 2009

Objectivos

Neste blog pretendo fomentar uma plataforma para discussão e esclarecimento de dúvidas no que concerne ao conceito do movimento Zeitgeist. Se é a primeira vez que ouve este termo visite o site http://www.thezeitgeistmovement.com/ ou veja simplesmente os filmes em http://www.zeitgeistmovie.com/ . Depois volte a este blog e faça a sua contribuição ou deixe a sua opinião. Não ficará sem resposta.
Se já teve contacto com o conceito ou presenciou um evento Zday e pretende contribuir com a sua opinião para uma causa que é A causa da Humanidade é muito bem vindo. É preciso gerar massa crítica no movimento para que comece a ter peso.