segunda-feira, 16 de março de 2009

Bem, bem, bem! Devo dizer que tudo correu pior do que estava à espera. Para começar, muito amavelmente, devo dizer, me dispensaram a sala dos troféus do Clube Recreativo Charnequense. Porém, havia a premência de libertar a sala impreterívelmente às 18h00 pois iria acontecer outro evento da maior importância para a humanidade: a bola!!!!!!
Enfim, não me posso queixar. Não tinha qualquer relação com o clube até à data. Todo o evento foi organizado de forma muito improvisada pois tudo aconteceu assim mesmo. O pior, a meu ver, foi a ausência pronúnciada de toda a gente. Recebi dois contactos por e-mail que me solicitavam informações sobre que actividades iria ter o evento. Infelizmente, por condicionamentos de tempo, não houve oportunidade de consultar o mail antes do acontecimento. As minhas desculpas. -À portuguesa! - dirão. Verdade. À portuguesa. Não por vontade mas pelas condicionantes que me ultrapassaram na organização do evento. No entanto notei muitas faltas. Esperava algumas pessoas que, provavelmente, preferiram disfrutar do sol soalheiro que fez no dia 15. Também me teria sabido bem, não fosse o sentimento emergente de que esse é um prazer que não teremos oportunidade de disfrutar por muito mais tempo. É preciso fazer algo por nós e pelo planeta! A indiferença, a apatia e o medo do desconhecido mantém as pessoas na linha. Sair dela pode significar ostracismo, isolamento. O medo desses processos de rejeição leva as pessoas a olhar para o outro lado. Reconhecem que não estão bem, que o mundo está doente, a sociedade civil corrompida. Mas a alternativa apavora-as.
O fenómeno Zeitgeist (a salvaguardar a todo o custo) começou, marginalmente, na internet e esse vai ser o seu caminho nos tempos mais próximos. A internet é um meio no qual todos somos anónimos e, por isso, assumimos as nossas causas. É fácil e confortável. Não há o risco de ostracização. Podemos desempenhar o papel que quizermos. Mas não chega. Há que dar a cara pelos nossos ideais. Esse é o passo mais difícil de dar. É como o medo de saltar a primeira vez de um avião. Algo nos puxa para traz com uma força inexorável: o medo. Meus amigos: defendam os vossos ideais com todas as forças que possam. É a única coisa que, no fundo, nos fará chegar ao fim do dia e da vida com a noção de fizemos a diferença.
Está em causa a sobrevivência da espécie, o futuro dos nossos filhos. Há algo mais importante que isso? É evidente que corremos riscos. Mas, pensando bem, os riscos vêm ter conosco diariamente. O risco do desemprego não está permanente nas nossas vidas? A fome não é um risco constante? Não poder pagar a casa não é um risco? Não passam noites em branco a matar o vosso cérebrozinho com essas incertezas? E fizeram algo de errado para merecer isso? Então! Medo de fazer o quê? Vamos mas é a acordar. Os sonhos que tiveram outrora são ou vão ser os vossos pesadelos.
E façam o que foi sugerido no chat do brodcast: escrevam Zeitgeist no dinheiro!
No próximo ano, se não organizar evento, vou estar presente noutro. Mas vou lá estar. Marcar presença e levar alguém comigo.
A consciência do colectivo está há muito adormecida. Somos assaltados por incertezas constantes quanto à nossa necessidade básica de SOBREVIVÊNCIA. Este é o instinto mais primário de cada ser vido. Limita-nos e impede-nos de ver mais longe que o dia de amanhã. Impossibilita-nos de pensar seja no que for que não seja lutar contra tudo e todos para a garantir. E nesse processo esquecemo-nos completamente que nos integramos num todo, colectivo que integramos e que nos integra. Estamos todos no mesmo barco. E quando uma tormenta o afundar afogamo-nos todos, sem excepção! Mesmo aqueles que pensam ter um bom "colete salva-vidas"! Todos!
Finalmente gostaria de agradecer a todos os que marcaram presença. A vossa contribuição não caiu em saco routo! Foram lançadas as sementes do que pode vir a ser algo de grande e maravilhoso. Pena que a bola não nos tenha deixado margem para trocar ideias! Mas foi para isso que criei este blog. Malta, despejem tudo para aqui. Daqui a mensagem fluirá, infalivelmente!

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