quarta-feira, 18 de março de 2009

Rescaldo do Zeitgeist day

O New York Times online faz o rescaldo do Z day.
450 eventos em 70 paízes?! Isto é algo de fabuloso para um movimento social com 2 anos de existência e que, basicamente, só conheceu as autoestradas da internet. Tenho rogulho em ter feito parte deste acontecimento! O The New York Times noticiou o evento que, segundo parece, foi um grande acontecimento. Peter Joseph fez uma dissertação e crítica das maleitas do sistema monetário e das consequências da sua implusão que pode muito bem estar já a acontecer. É que o corrupto sistema monetário, como qualquer Deus, só vive enquanto existirem crentes. E por se tratar de um sistema no qual é preciso, além do volátil dinheiro (que ora se marterializa ora se vaporiza no ar), ter muita fé, está em colapso. O que motiva o fenómeno da "Fé"?
A (do grego: pistia e do latim: Fides) é a firme convicção de que algo seja verdade, sem nenhuma prova de que este algo seja verdade, pela absoluta confiança que depositamos neste algo ou alguém.
A "fé" relaciona-se de maneira unilateral com os verbos acreditar, confiar ou apostar, isto é, se alguem tem fé em algo, então acredita ,confia e aposta nisso, mas se uma pessoa acredita ,confia e aposta em algo, não significa, necessariamente, que tenha fé. A diferença entre eles, é que ter fé é nutrir um sentimento de afeição, ou até mesmo amor, pelo que acredita,confia e aposta.
(in Wikipédia)
Pela definição de "Fé" acima fácil é de compreender porque o sistema monetário está em crise, muito provavelmente permanente e definitiva. Ou seja, está doente, corrompendo-se de dentro para fora. Não preciso dissertar sobre os conceitos do sistema monetário, Peter Joseph fê-lo de forma impecável, por isso passo à frente para dizer que aqueles que amam o dinheiro estão corrompidos por ele pois amaram um Deus que os destruiu. E com eles os milhares de crentes que, graças à "Fé" acreditaram e apostaram o seu dinheirinho em tipos como o Bernie Madoff! E que aconteceu? Volatilizou-se! Buff, já está!
50 biliões de dólares?! Quantas crianças poderiam ser alimentadas e por quanto tempo em África, por exemplo, com este dinheiro, e educação, vacinas...? Esta era uma boa soma para começar a investir numa sociedade auto-sustentável e terminar de forma definitiva a queima de combustíveis fósseis!
Watch CBS Videos Online

Por muito que me custe reconhecer isto, a passagem de uma sociedade baseada num sistema monetário para outra baseada nos recursos não vai ser pacífica. Muita gente vai sofrer pelo caminho e devemos estar preparados para o pior. Se é que alguma vez conseguiremos preparar-nos para tal coisa. Do caos nasce a ordem e o caos está ainda no começo. O futuro modelo de sociedade há-de florescer. É inevitável. Que venha!
Assim que tenha oportunidade de ver o evento cá estarei de novo.
Até lá, reflitam, e muito!

2 comentários:

  1. Boa tarde,

    Antes demais queria agradecer o facto de me ter convidado para contribuir para este blog! Vou fazê-lo com todo o gosto! E procurarei não repetir muitas coisas que escreverei no meu blog...(http://reconstruindoamente.blogs.sapo.pt/)

    Em relação ao zday, acho também que foi um grande sucesso! embora não tenha participado em nenhum evento :(

    Permita-me que discorde da última parte do post, eu sou mais positivo em relação à transição, não quero acreditar que a Terra entre num caos terrível, já que o movimento zeitgeist (e outros que defendem um sistema baseado nos recursos) é contra qualquer tipo de violência... Obviamente que não vai ser pacífico, mas no meu entendimento será uma questão de tempo, e de conscientização dos problemas e das respectivas soluções, por parte da sociedade...

    Abraços

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  2. Caro amigo Nelson: Bem vindo. É um facto científico mais que comprovado que toda a transição ou mudança passa por um estágio intermédio de caos. É desse caos que nascerá de novo a ordem, a nova. Concretizando: repara nisto. Achas que os senhores dominantes, banqueiros, vão abandonar de ânimo leve o "poder"? Achas que se vai fazer luz naquelas cabecinhas de um dia para o outro? E os milhões de pessoas que já passam fome? Com vai ser numa altura em que os sistemas de distribuição deixem de funcionar? A transição suave e progressiva entre os dois sistemas é algo que não consigo vislumbrar, de todo. Mas pode ser limitação minha, também.

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